Inácio de Loyola, o peregrino
Para Santo Inácio de Loyola, a consistência última da realidade é apreendida pelos sentidos: ver, ouvir, tocar, degustar, sentir o cheiro, e não por um exercício de abstração. O conhecimento lógico-dedutivo não basta para se chegar a um pleno conhecimento da realidade. É preciso a experiência das coisas percebidas, que são conhecidas na medida em que as vivemos, as tocamos, as sentimos. Com efeito, manuais de mecânica não fazem automaticamente de alguém um grande conhecedor do funcionamento de motores reais. Os livros sagrados das religiões tampouco fazem de alguém um santo ou um modelo de pessoa religiosa. Ler o alcorão não faz de alguém um muçulmano; ler a bíblia não faz de alguém um cristão.
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